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| Foto: Reprodução |
Na segunda-feira (3), a CNN Brasil anunciou Janaina Paschoal como comentarista fixa do programa ‘CNN Arena’. A ex-deputada estadual e professora de Direito Penal já participava como convidada.
Em sua estreia como titular na bancada comandada por Felipe Moura Brasil, ela provou o valor de sua contratação. Fez reflexão consistente da especulada chapa entre Guilherme Boulos e José Luiz Datena para a eleição municipal de 2024.
O deputado federal do PSOL e o apresentador do ‘Brasil Urgente’, filiado ao PDT, aparecem em vídeo vazado (e viralizado) de uma conversa com direito a crítica do comunicador da Band ao PT.
“Boulos é herdeiro do carisma de Lula... Se tiver essa parceria com Datena, fica praticamente imbatível”, afirma Janaina. “Com essa chapa, acho pouco provável que a direita tenha chance em São Paulo.”
A presença de uma ativista da direita clássica gera interessante contraponto ao pensamento progressista de outros comentaristas, como Raquel Landim e Joel Pinheiro.
Ainda que seja fiel à sua ideologia, Janaina Paschoal consegue fazer análises práticas, inclusive admitindo eventualmente virtudes e potencialidades de personalidades da esquerda. Chegou a elogiar Boulos (“Ele é maior que o PSOL, tem futuro”).
A ex-parlamentar também acertou em cheio ao desconstruir a imagem conservadora de Datena. Lembrou que ele foi filiado ao PT por muitos anos.
O apresentador parece ser um homem de direita por conta do “discurso duro” à frente de um programa policial na TV, observa Janaina. Na prática, ela ressalta, o jornalista tem afinidades com a esquerda.
Pragmática, Janaina já disse no ar que a direita precisa de uma alternativa a Jair Bolsonaro na eleição presidencial de 2026. Sua visão vai além da militância.
Além da professora da USP, o ‘CNN Arena’ conta com outro comentarista à direita: o economista Hélio Beltrão, irmão da apresentadora Maria Beltrão, do ‘É de Casa’, da Globo.
Essa saudável pluralidade vista no canal do bilionário Rubens Menin faz falta na GloboNews, onde não há uma visão conservadora declarada.
Na emissora de notícias líder no Ibope, todos os comentaristas exibem um verniz progressista diante das câmeras. Por isso, muitas vezes, as análises se repetem à exaustão, produzindo um debate pobre.
