Atriz expõe relação conturbada com os pais e explica decisão de deixar R$ 18 milhões com eles, para poder, a partir de agora, cuidar do seu próprio dinheiro.
Empresas e gestão do dinheiro
Larissa e os pais tiveram três empresas voltadas para gerir o dinheiro da atriz. Na primeira, Larissa tinha a menor porcentagem. Os pais tinham total controle. Ela ainda falou sobre as vendas de imóveis sem ela ser consultada.
A primeira, Dalari, foi aberta pelos pais quando ela tinha 13 anos, em outubro de 2014, pra gerir a carreira da filha: todos os contratos, os pagamentos. A empresa também concentra a maior parte do patrimônio adquirido ao longo da vida profissional da atriz. Questionados, os pais disseram para a filha que todos tinham a mesma porcentagem na empresa, 33% para cada. Mas na verdade, não era bem assim - Larissa diz que descobriu que a porcentagem que ela tinha era de 2% da cota e, os pais, 98%.
A segunda empresa foi aberta em junho de 2020, quando ela tinha 19 anos. Desta vez, a empresa pertencia só à Larissa. Mas uma cláusula dizia que os pais tinham plenos poderes para tomar decisões sem prévia autorização da filha.
A terceira empresa é uma holding dividida em três partes iguais, criada em maio do ano passado para reunir todo o patrimônio que estava na primeira empresa, mas a transação nunca chegou a ser concluída disse a atriz.
A atriz e os pais se reuniram com advogados para tentar uma redistribuição na sociedade das empresas. Os pais concordaram com a divisão meio a meio da empresa mas, segundo Larissa, desde que ganhassem 6% da renda da filha pelos próximos 10 anos.
Larissa conta que decidiu abrir mão de um patrimônio estimado em R$ 18 milhões e que deixou tudo para os pais. Eles até agora não assinaram o distrato das sociedades nas duas empresas. A atriz precisou notificar os pais extrajucialmente. "A minha decisão de abrir mão de todo o meu negócio é porque eu tenho a plena certeza de que o meu caminho, ele vai me trazer grandes conquistas. Eu tenho só 22 anos. Eu tenho a plena consciência de que essa minha escolha."
Para os Fantastico , a defesa de Gilberto e Silvana Elias dos Santos afirmou que Larissa Manoela falta com a verdade quando diz que não sabia qual era o percentual dela na empresa Dalari, já que assinou uma alteração contratual em janeiro de 2020 na qual constava clara e expressamente o percentual de 2% na primeira empresa.
O advogado afirma que é Larissa quem se recusa a conversar com a mãe e sequer responde as mensagens do pai. Por fim, a defesa diz que os pais acreditam ser extremamente triste e lamentável a opção de Larissa pela ingratidão, pela indiferença e pelo desrespeito.