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Muito romântico

 Caetano Veloso com seu jeito franzino e baiano de ser, nunca foi de fugir de brigas. Não poderia ser diferente na sua relação com a música e parceiros.
Muito romântico
Poucos sabem da sua relação de amizade e parceria com Roberto Carlos, cujo tema desse post é a canção “Muito Romântico”.

No livro Eu não sou cachorro não: Música popular cafona e ditadura militar, o historiador Paulo Cesar de Araújo observa que a canção "Muito romântico" rebate à patrulha ideológica que reinava na década de 70. Feita para Roberto Carlos (que a gravou em 1977, “Muito romântico”, reflete a atitude de Caetano Veloso em “defesa do artista e de seu modo de ser, contra aqueles que tentam botar rédeas e trilhos no seu caminho” (palavras do compositor)).
Paulo Cesar pinça os versos “nenhuma força virá me fazer calar / faço no tempo soar minha sílaba”, como exemplo disso. E, de fato, a mensagem da letra, cantada por Roberto Carlos (rei do "alienado" Iê, iê, iê) teria um forte significado para o momento, em que o artista precisava estar engajado com questões políticas. Portanto, não havia ninguém melhor para cantar tais palavras (exóticas).
O romantismo a que o título se refere fica por conta da vontade do sujeito da canção em "querer um acorde perfeito e maior, com todo mundo podendo brilhar num cântico". A liberdade utópica.
Os versos da terceira estrofe ecoam os versos de "Força estranha" (também feita por Caetano para Roberto), principalmente quando estes dizem: "Por isso uma força me leva a cantar". Ou seja, o impulso deve ser de canto e não de silêncio repressivo.
Roberto deu à canção "Muito romântico" uma interpretação de balada romântica, enquanto Caetano (no disco Muito, 1978) imprimiu uma força mais apocalíptica. De todo modo, ambas deixam claro que repressão é um papo que não deu (não dá).
Pois bem agora em 2023 essa canção ganha uma nova roupagem com Xande de Pilares com arranjos de Pretinho da Serrinha.
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Xande de Pilares mergulha de forma intensa no universo musical de Caetano Veloso, revisitando algumas de suas canções mais icônicas e revelando seu talento singular em emocionantes interpretações.
 
Para finalizar, Xande ainda conta sobre composições de Caetano que fizeram sucesso em outras vozes, mas que não podiam ficar de fora: “Outra que me emociono e seria impossível não colocar neste álbum é ‘Muito Romântico’. Eu cresci amando Roberto Carlos, que cantava essa música. Mas na época, nem sabia que não era dele e sim de Caetano. Outra canção que quero destacar é ‘O Amor’, que reina na voz da nossa brilhante Gal Costa. É uma música muito difícil de cantar, porque tem muitos altos e baixos. No entanto, consegui regravá-la sem destoar e o resultado ficou lindo. Mal espero para o mundo todo poder ouvir as dez faixas que gravamos. Tá uma coisa linda!”, conclui.
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O álbum é uma realização da Uns Produções, com produção a cargo de Paula Lavigne. A direção musical e arranjos foram assinados por Pretinho da Serrinha, e a produção executiva foi de Brisa Torres. As gravações ocorreram nos Estúdios Lavigne (RJ), com mixagem no Estúdio Casa do Igor (RJ) e recall da mixagem no Cia dos Técnicos Studios – Estúdio 2 (RJ). A masterização foi realizada no Estúdio Aura (Petrópolis/RJ).

 

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