Sheron Menezzes deixa o Rio de Janeiro bem cedinho rumo a São Paulo, onde em seu dia de folga das gravações da novela das sete, Vai na Fé, posa para este ensaio de capa antes de correr para a sede local da TV Globo e participar de uma gravação.
Com o relógio cronometrado para que ela ainda possa voltar para casa a tempo de aproveitar o restinho da noite ao lado do filho, Benjamin, de 5 anos, a atriz é decidida e direta nas escolhas dos looks, poses, beleza e fotos com a equipe.
“As pessoas acham que a mulher preta tem que concordar com tudo e aceitar tudo. Quando veem uma mulher preta que questiona e sabe o que quer, a chamam de arrogante. Se fosse uma branca, ela seria vista como uma mulher decidida”, analisa.
Sheron Menezzes: 'Vai fazer 40 anos com tudo em cima
Nos 39 anos de vida, a gaúcha foi educada a ser uma mulher segura, independente e consciente de suas qualidades. A mãe, Veralinda Menezes, criou um livro de conto de fadas de uma princesa negra chamada Violeta para a filha ter uma referência de beleza e protagonismo, assim como as outras meninas.
“Tenho uma criação muito sólida de uma mãe que batalhou muito para que eu e meus irmãos estivéssemos no lugar que estamos hoje. Uma das metas da minha mãe era formar uma mulher que se amasse do jeito que é e que tivesse uma boa autoestima desde pequena para conviver naquele meio sulista, de classe média e de escolas particulares. Minha mãe sempre me dizia que eu era linda, que minha cor era maravilhosa, que a minha boca tinha um formato lindo… Ela criou essa princesa Violeta para que eu me identificasse. Fui sendo fortalecida e crescendo com essa segurança que tenho hoje”, explica.
Fazendo sua primeira protagonista em 20 anos de uma carreira de grandes sucessos e prêmios, Sheron acredita que a personagem Sol é uma referência na TV não só para outras meninas negras. Ela representa a garra da mulher atual, que enfrenta suas lutas diárias e não fica à espera do prÃncipe encantado.
“A Sol foi construÃda através de muitas mulheres da minha vida. Ela chegou após um momento de redescoberta e amadurecimento, me mostrando que eu estava no caminho certo. Eu me identifico com a Sol porque somos mães que não vivem um conto de fadas. A Violeta foi muito importante na minha infância, mas a Sol é importante para a mulher adulta, que é mãe, está no corre do dia a dia e não espera e nem quer que o prÃncipe encantado apareça em um cavalo branco para salvá-la. Somos as mulheres que batalham, acordam cedo, não têm medo de lutar pelas coisas certas e por sua famÃlia, que se jogam, que são bravas no sentido de buscar os seus objetivos... Por isso todas se identificam com a Sol e eu também”, acredita ela, que também ensina o filho sobre os sacrÃficos que faz para poder lhe dar uma vida confortável.
“Esses dias meu filho acordou com febre e fiquei com ele na parte da manhã. Ele queria que eu ficasse o dia todo, mas eu conversei com ele que a mamãe precisava trabalhar para ele ter a comidinha gostosa, ir ao parquinho, poder ter os brinquedos. E ele entendeu e disse: ‘Vai lá, mãe’. Converso de forma muito direta com o meu filho, como converso com qualquer outra pessoa. Não sei ser de outra forma, fui criada desta maneira", diz.
" Eu me identifico com a Sol porque somos mães que não vivem um conto de fadas"
“As pessoas acham que a mulher preta tem que concordar com tudo e aceitar tudo. Quando veem uma mulher preta que questiona e sabe o que quer, a chamam de arrogante. Se fosse uma branca, ela seria vista como uma mulher decidida”, analisa.
Sheron Menezzes: 'Vai fazer 40 anos com tudo em cima
Nos 39 anos de vida, a gaúcha foi educada a ser uma mulher segura, independente e consciente de suas qualidades. A mãe, Veralinda Menezes, criou um livro de conto de fadas de uma princesa negra chamada Violeta para a filha ter uma referência de beleza e protagonismo, assim como as outras meninas.
“Tenho uma criação muito sólida de uma mãe que batalhou muito para que eu e meus irmãos estivéssemos no lugar que estamos hoje. Uma das metas da minha mãe era formar uma mulher que se amasse do jeito que é e que tivesse uma boa autoestima desde pequena para conviver naquele meio sulista, de classe média e de escolas particulares. Minha mãe sempre me dizia que eu era linda, que minha cor era maravilhosa, que a minha boca tinha um formato lindo… Ela criou essa princesa Violeta para que eu me identificasse. Fui sendo fortalecida e crescendo com essa segurança que tenho hoje”, explica.
Fazendo sua primeira protagonista em 20 anos de uma carreira de grandes sucessos e prêmios, Sheron acredita que a personagem Sol é uma referência na TV não só para outras meninas negras. Ela representa a garra da mulher atual, que enfrenta suas lutas diárias e não fica à espera do prÃncipe encantado.
“A Sol foi construÃda através de muitas mulheres da minha vida. Ela chegou após um momento de redescoberta e amadurecimento, me mostrando que eu estava no caminho certo. Eu me identifico com a Sol porque somos mães que não vivem um conto de fadas. A Violeta foi muito importante na minha infância, mas a Sol é importante para a mulher adulta, que é mãe, está no corre do dia a dia e não espera e nem quer que o prÃncipe encantado apareça em um cavalo branco para salvá-la. Somos as mulheres que batalham, acordam cedo, não têm medo de lutar pelas coisas certas e por sua famÃlia, que se jogam, que são bravas no sentido de buscar os seus objetivos... Por isso todas se identificam com a Sol e eu também”, acredita ela, que também ensina o filho sobre os sacrÃficos que faz para poder lhe dar uma vida confortável.
“Esses dias meu filho acordou com febre e fiquei com ele na parte da manhã. Ele queria que eu ficasse o dia todo, mas eu conversei com ele que a mamãe precisava trabalhar para ele ter a comidinha gostosa, ir ao parquinho, poder ter os brinquedos. E ele entendeu e disse: ‘Vai lá, mãe’. Converso de forma muito direta com o meu filho, como converso com qualquer outra pessoa. Não sei ser de outra forma, fui criada desta maneira", diz.
" Eu me identifico com a Sol porque somos mães que não vivem um conto de fadas"