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Após denúncias contra viúva, Hildegard Angel pede autópsia do corpo de Gal Costa

Wilma Petrillo é acusada de dar golpes, assédio moral e de ter levado cantora à falência.
Após denúncias contra viúva, Hildegard Angel pede autópsia do corpo de Gal Costa

Após a edição da revista Piauí deste mês publicar uma reportagem com graves acusações contra a viúva de Gal Costa, Wilma Petrillo, como dar golpes e ter levado cantora à falência, a jornalista Hildegard Angel usou o Instagram, nesta quinta-feira, para pedir ao Ministério Público a realização de uma autópsia no corpo da cantora, que morreu aos 77 anos, em novembro do ano passado, em São Paulo. O objetivo seria averiguar a causa da morte da artista.   
"Dadas as recentes revelações, os fãs de Gal Costa pedem ao Ministério Público uma autópsia já. O mal súbito da cantora não nos convence", escreveu a escritora e colunista social, que é filha da estilista Zuzu Angel, no Instagram.
Os internautas concordaram com Hilde. "Chocante! É urgente investigação a respeito. Gal não merecia isso", opinou um usuário da rede social. "A morte de Gal me incomodou desde o primeiro instante, um mal súbito sem maiores explicações e sem uma autópsia, que realmente explicasse de forma objetiva o que na verdade. Nunca fiquei convencida dessa morte. Espero que tudo passe a ter uma resolução plausível", desejou outra. "Necessário não deixar dúvida, que seja feita (a autópsia sim)", comentou outro.  
Entenda
A edição deste mês da revista "Piauí" traz uma grande reportagem com graves acusações contra Wilma Petrillo. De acordo com a publicação, além de não respeitar a vontade da cantora, a empresária teria aplicado golpes financeiros, feito ameaças, cometido assédio moral contra funcionários e, ainda, levado Gal à falência.
Seis ex-funcionários, seis amigos e um parente deram seus depoimentos para a revista. O médico Bruno Prado, que se tornou amigo de Gal Costa e Wilma, contou que, certa vez, a empresária pediu a ele uma quantia entre R$ 10 e 15 mil para realizar uma cirurgia nos olhos. O médico emprestou o dinheiro, mas disse não ter recebido o pagamento no prazo combinado e, com isso, começaram os problemas entre ele e Wilma.
A empresária teria passado a evitá-lo e deixou de convidá-lo para shows e para a casa de Gal. De acordo com a reportagem, Wilma também teria aplicado golpes em outras pessoas do círculo cultural de Salvador, e amigos da cantora estariam preferindo manter distância da empresária.
Após cobrar Wilma, Bruno, que é gay, começou a receber ameaças. "Se você continuar me cobrando, eu vou fazer uma coisa muito bonitinha: conto pro teu pai que você é viad*", relembrou o médico na entrevista à "Piauí". "Quando ela falou isso, eu tremi", completou. Depois disso, ele decidiu mandar um email para Gal explicando tudo o que estava acontecendo, e a cantora prometeu a ele que Wilma iria pagar a quantia que estava devendo.
Ainda assim, a viúva teria seguido com as ameaças. "'Você vai tomar uma surra tão bonita que vai aprender a respeitar os outros'. Ela dizia coisas como: 'Você não tem vergonha de pedir dinheiro para uma mulher mais velha, sua bicha?'", contou o médico. De acordo com a reportagem, Bruno chegou a fazer um boletim de ocorrência na época das ameaças. Ainda assim, Wilma continuou tentando assustá-lo. Durante uma viagem a Nova York, ela teria ligado para Bruno e dito que sabia qual era o hotel em que ele estava hospedado. Em seguida, teria afirmado que "conhecia gente que poderia dar um jeito nele", já que Wilma tinha morado na cidade por um tempo.
O médico decidiu viajar para outro estado dentro dos Estados Unidos e só então recebeu o dinheiro que havia emprestado. Depois disso, ele nunca mais falou com a empresária, nem com Gal Costa.
Assédio
O produtor Ricardo Frugoli também deu seu depoimento e disse que tem péssimas lembranças do período em que trabalhou com Wilma. Segundo ele, Gal Costa teria perdido oportunidades de shows no Brasil e na Europa por conta do comportamento de sua companheira. Wilma teria feito acusações infundadas de roubo e furto contra funcionários, causado intrigas, e algumas pessoas da equipe teriam ficado depressivas por conta das humilhações sofridas nos bastidores.
Quando a situação ficou insustentável, Ricardo comentou com Gal o que estava acontecendo, mas a artista teria ficado furiosa ao saber que poderia estar sendo roubada e os dois nunca mais tocaram no assunto. Ele contou que mesmo sofrendo bullying por parte de Wilma, continuou a trabalhar por conta do carinho que tinha pela artista.
"Durante muito tempo, fui o cara que não deixou a bomba explodir. Continuar ali era importante para protegê-la do que vinha acontecendo na carreira e dentro de casa", disse o produtor, que também chegou a fazer um boletim de ocorrência contra Wilma. Ele foi demitido quatro dias depois da denúncia.

Rombo financeiro
Ao morrer, a diva da MPB deixou para o filho, Gabriel, um apartamento no bairro dos Jardins, em São Paulo. O imóvel foi comprado em 2020 pelo valor de R$ 5 milhões. De acordo com a reportagem, este foi o item de maior valor que a artista deixou para seu herdeiro. Ume ex-funcionário que trabalhou com Gal até sua morte disse à publicação que sua conta bancária era "um buraco".
Todos os entrevistados concordaram que a situação financeira de Gal foi minada no período de tempo em que a cantora esteve casada. Existiam dívidas altas de restaurantes, mensalidades da escola de Gabriel, pagamento de empregados e até com a Receita Federal dos Estados Unidos.
A empresária teria, inclusive, barrado um show da estrela no famoso Carnegie Hall, em Nova York. "Na próxima vez que ligarem, diga que a Gal não gosta de se apresentar nos Estados Unidos", teria dito a um funcionário. Ao repassar para Gal a proposta e a resposta de Wilma, a artista, porém, negou. "Isso é mentira", teria afirmado.
A amigos, a artista baiana disse que tinha medo de retornar aos Estados Unidos e ser presa, já que Wilma havia vendido um apartamento da cantora no país, sem pagar os devidos impostos.
Relação abusiva
Um dos funcionários entrevistados pela reportagem diz ter presenciado uma discussão entre Wilma e Gal Costa. "O dinheiro entra e some, as dívidas não param de chegar. Que tipo de empresária é você?", teria perguntado a artista. "Você é uma velha, as pessoas não querem mais te contratar", respondeu Wilma. Ainda de acordo com o funcionário, a briga se tornou um confronto físico.
Apesar da insatisfação, Gal teria receio de terminar o relacionamento. "Se largar Wilma, ela leva metade de tudo que eu tenho, sem nunca ter trabalhado de verdade para conseguir alguma coisa", teria dito a cantora. A atriz Sonia Braga também se afastou do convívio do casal, após supostamente levar um golpe. A atriz, no entanto, não respondeu às tentativas de contato da "Piauí".

Afastamento de familiares e amigos
Guto Burgos, irmão de Gal, disse que Wilma o afastou da irmã em 1997. Depois disso, ele não participou mais da vida da cantora. "Por favor, eu não quero mais falar disso. É um assunto que me dói muito", disse à reportagem.
Segundo Guto, Gal era dona de oito salas comerciais no Rio, que lhe rendiam alugueis, uma cobertura e um apartamento num condomínio de luxo em São Conrado, na Zona Sul da cidade. A revista também encontrou quatro salas comerciais no Leblon e dois imóveis em São Conrado, todos registrados no nome de Gal. "Também tinha imóveis em Salvador, Trancoso e Nova York. Como dói saber que ela morreu sem nada disso. Parece que todo o trabalho dela foi em vão", lamentou o irmão.
Gal também tinha uma granja em Petrópolis, onde passava fins de semana com a atriz Lúcia Veríssimo, com quem namorou na década de 1980. O espaço foi vendido pelas artistas em 1992, virou uma escola e, mais tarde, uma pousada.
O médium Halu Gamashi acusa Wilma de ser ciumenta e, por isso, ele tinha que se encontrar com Gal às escondidas. Segundo ele, em 1995, escutou a empresária perguntar para a cantora se ela não sentia vergonha por estar tão gorda. "Você está pensando que é quem, Nana Caymmi?", teria dito Wilma. O médium disse que sempre estranhou o fato de Gal não responder e aceitar calada.
Carreira e prejuízos
De acordo com o produtor Rodrigo Bruggermann, Wilma Petrillo foi "uma das piores pessoas" com quem ele já trabalhou. Responsável pela turnê "Recanto" em cidades do Sul do Brasil, ele detonou a viúva de Gal Costa. "Além de ser grosseira, ela fazia mudanças de última hora e aplicava taxas surpresa", disse. Ele também contou que a cantora não podia fazer participações especiais nos shows de outros artistas porque Wilma não deixava. "Provavelmente nem deixava os convites chegarem até ela", revelou.
Já o empresário Maurício Pessoa relembrou um momento complicado que passou com Wilma e Gal. Em 2013, ele conseguiu um patrocínio de R$ 700 mil da Natura Musical para a realização de seis shows e gravação de um álbum, ao vivo, em que Gal interpretaria canções de Lupicínio Rodrigues. Wilma, no entanto, exigiu receber 80% do valor imediatamente, ou seja, R$ 560 mil. Só depois disso ela aceitou dar andamento às apresentações, que aconteceram apenas em 2015, aos trancos e barrancos. "Wilma sempre dizia que a agenda da Gal estava apertada", detalhou o empresário.
Quando chegou o momento de gravar o álbum, Wilma parou de responder às suas mensagens. Quando finalmente conseguiu falar com ela, a companheira de Gal Costa disse que a artista não tinha mais disponibilidade para continuar no projeto. A gravação do álbum foi marcada para 2017, mas ninguém apareceu no local. Com isso, a Natura não pagou os R$ 140 mil restantes, e o empresário estima ter ficado com um prejuízo de mais de R$ 1 milhão.
Sepultamento
Quando Gal morreu, Guto Burgos mandou um recado para Wilma, alertando que a irmã tinha o desejo de ser enterrada no Cemitério São João Batista, em Botafogo, na Zona Sul do Rio, ao lado da mãe, onde a família tem um jazigo perpétuo. Ainda assim, Wilma decidiu que a diva seria sepultada no Cemitério da Consolação, no mausoléu da família dela.
Procurada para comentar as acusações, Wilma não respondeu as tentativas de contato e ainda bloqueou o repórter da "Piauí" no WhatsApp. O advogado da viúva de Gal mandou uma "advertência" para a revista, solicitando que a reportagem não fosse publicada, sob pena de sofrer "as medidas judiciais cabíveis".
O DIA mantém o espaço aberto à empresária, caso ela deseje dar sua versão dos fatos narrados pela revista.

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